Historial

O Rancho Folclórico da Boidobra foi fundado em 23 de Julho de 1972, sem danças e cantares que o definissem como um verdadeiro rancho.

Depois de vários interregnos, voltou ao activo em 1983, mas mesmo assim, ficando aquém dos valores que hoje o definem.

Com vontade própria de quem ama o verdadeiro folclore, e com os conhecimentos adquiridos em colóquios e outras actividades, foi-se transformando no verdadeiro embaixador da região em que está inserido, a Beira Baixa.

Foi do longo trabalho de recolha e pesquisa, de uma vida ligada á terra e seus rituais, que o Rancho Folclórico da Boidobra conseguiu retratar fielmente Trajes de Trabalho, de Romaria e Domingueiros que poderão ser apreciados nas modas por nós dançadas também elas testemunho vivo da época que representam: Olaré Sou Tua; Pedreiro Cheira a Cal; O Grilo; Antoninho Olha a Rola; Valverde; danças estas que são acompanhadas por uma tocata, símbolo de gente pobre e pacata desses tempos: Concertina; Viola Beiroa; Bandolim; Gaita de Beiços; Ferrinhos; Bombo; Adufes e Castanholas feitas com pedras do rio Zêzere.

Inserida numa zona óptima de aptidão agrícola, a Cova da Beira, a população da Boidobra sempre se dedicou á cultura do feijão, centeio, trigo, milho batata, e vinho, culturas estas que foram trabalhadas por um número variado de utensílios e alfaias que ainda hoje podem ser observadas no espólio museológico do que o rancho possui.

Além do valioso trabalho já referido, temos também organizado Festivais, Colóquios, Jornadas, Exposições e recriamos algumas tradições que se foram perdendo ao longo dos tempos, com especial destaque para os Martírios, Janeiras, Sachas e Jogos tradicionais.

Somos sócios do INATEL, membros da Federação do Folclore Português e Associação RNAJ.

Temos representado a região em Festivais Nacionais e Internacionais, com actuações em Espanha, França e Alemanha. Desde 2002 que mudámos as nossas apresentações em público, criando anualmente espectáculos Etnográficos o que nos permitiu vencer por duas vezes o Concurso Etnográfico Henrique Rabaço, em 2005 e 2007, actividade promovida pelo INATEL.

Por tudo isto, estamos conscientes do nosso papel na preservação dos usos e costumes da nossa terra e região.